quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Mamãe, também quero ser cult!

Bom dia, terráqueos!

Estamos nos tempos da bossalidade. Instigada e aceita. Estamos nos tempos onde se é especial por ser famoso e não famoso por ser especial. Nos tempos dos emos, nos tempos do funk-sexo, nos tempos do grande irmão...
Daí vem um papai ou uma mamãe dizer que isso é coisa de fase,  que todos tiveram fases rebeldes, blablabla. Fase rebelde é diferente de um retardado de cabelo ensebado ficar se cortando e lambendo o próprio sangue.
Fase rebelde é diferente de meninas de 14 anos transando com 15 pessoas diferentes numa noite de "baile".
Mas não é esse o foco do post.

O fato é: o mundo ainda tem salvação (parem de andar de carro). Ainda existem grupos de pessoas que tem alguma coisa na cabeça.
O problema é que tais grupos às vezes tem coisas "demais" na cabeça, e acabam passando por malucos.
Fora o grupo de "malucos", o que sobra são pessoas que geralmente estudam,  geralmente têm uma graduação, assistem à bons filmes, lêem bom livros, têm um senso crítico forte, e são, puta que pariu, difíceis de alcançar.

Talvez seja porque quem vos escreve é apenas um "segundo grau", universitário, que encontra dificuldades em ler um Nietzsche da vida. Toda minha vida foi assim. Todas as pessoas que encontrava encaixavam-se um abismo acima ou um abismo abaixo do meu patamar de "cultness".O fato de ter poucos amigos, e, os que tenho serem mais velhos, deve ajudar também.Minha namorada é caso à parte. Essa pensa como eu.

No fim das contas, acho que sou apenas um juvenil que, com o tempo, vai conseguir ler um Nietzsche até o fim e entender(e deixar de lado os romances da moda).Que, um dia (tomara que seja logo), vai se dedicar mais pra estudar, passar num concurso público, whatever...

Por enquanto é esperar o fim do ano chegar pra, novamente, planejar fazer tudo certo no ano que vem e ver que vai dar tudo errado.

Beijundas :D

2 comentários:

  1. Bom dia ^^ Tudo bem?

    Credo! Eu levei até um susto com esse post! No começo né? Depois eu entendi do que se tratava, e passou o susto! Na verdade, eu concordo contigo, e não é pra puxar saco não! É porque eu sempre pensei assim: o mundo, dividido em dois abismos, pessoas com muita coisa na cabeça, e pessoas com pouca coisa; e eu, no meio desse abismo todo. Não conseguia acessar os com muita coisa, e não queria participar dos que tem pouca coisa! E nos encontramos. Acho que foi incrível pros dois, porque ninguém precisou ser acessado, a gente era igual! ^^
    Enfim, eu acredito mesmo que vais num futuro nada distante ler um Nietzsche até o fim e entender, mas eu acho que me apeguei demais aos romances da moda pra tentar esse feito!!

    Por enquanto é esperar o fim do ano chegar pra, novamente, planejar fazer tudo certo no ano que vem e ver que vai dar tudo errado!
    Mas, se a gente continuar juntos, vai ser um ano perfeito!

    Beijos!!

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  2. Tá muito bem escrito rapá!
    O parágrafo inicial é um baita resumo dessa juventude sem propósito que perambula por ai com seus cabelos ensebados e um ar de ¨mamãe não sei o que eu sou¨. Se eu já não sei o que a minha (nossa) geração vai deixar pra um futuro próximo eu temo por essa gente sem identidade qeu veio depois ...

    Quanto a esse abismo que tu te refere sei como é porque sempre tive amigos mais velhos também e as vezes parecia que eu nunca ia alcançar nem um nem outro mas hoje em dia wathever n´fuck the coolness ahaahaha

    Abraço do Manco!

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