sexta-feira, 29 de abril de 2011

Aqui, o palhaço.....

Olá, qualquer um que leia isso.


Cá estou para falar mais um pouco de um milhão de coisinhas que me incomodam.

Por que raios tá todo mundo interessado no casameeeeeeeeeeento reaaaaaaaaal?
São duas pessoas casando. DUAS, mesmo número de motoboys que morrem POR DIA no trânsito lá de São Paulo.
Alguns podem ler isso e dizer: Olha o gordo invejoso!
Nada disso, não trocaria minha vida pela do filho do príncipe Charles, nem a pau.
Imagina precisar viver fingindo (mais do que já o faço).
Imagina peidar e milhões de pessoas sentirem o cheiro?
Mas não é sobre isso que quero falar. Quer ver de que cor é o pentelho do bigode da rainha, problema seu.

Estou aqui para dizer o quanto eu estou sem saída, assim como você está.
O mundo inteiro se revolta contra ditadores, se revolta contra taxas ou reformas abusivas (leia-se greve geral da França, protestos na Inglaterra contra reforma estudantil, e como diria um tal espartano "se até os gregos, um bando de pederastas pode se opor, nós não vamos ceder.")
Porra, que parêntese grande.
Cara, por que no Brasil ninguém se mexe?
Sinceramente, eu sou jovem e, como 99,87% dos brasileiros da minha idade, não tenho fui criado com uma cultura de participação política. Não sei nem como fazer para dar pitaco.
E é aí que está a questão: Como fazer?
Apareço ali na câmara pra chamar vereador de ladrão? Procuro um telefone pessoal de um deputado pra xingar toda a linhagem dele?
O velho discurso de que brasileiro é povo acomodado, que só quer saber de futebol e novela é bem verdade. Até eu gosto de futebol (não sei porque comecei a gostar de uns tempos pra cá, acho que o pão e circo do sistema começa a me dominar), mas isso não me faz esquecer que a educação está jogada às traças, que as únicas vezes que precisei de um hospital público (umas 3 nos últimos 2 anos), me disseram que a média de espera era de 9 horas e eu fui pra casa (se tivesse ido pra baixo da ponte receberia o mesmo atendimento do hospital).

Jean-Jacques Rousseau, um cara que estou conhecendo agora que dizia: Quem manda na sociedade são as massas. Se quem está no poder torna-se um tirano ou defende causas pessoais é direito e dever do povo depô-lo.(E fazê-lo sofrer um suplício, na minha opinião).

E cá está um depoimento de um brasileiro decepcionado, cansado de ser explorado, perdido em meio a um trilhão de medidas burocráticas, revoltado com a acomodação geral (apesar de fazer parte desta). Enfim, emputeado com essa pouca vergonha que assola nosso país.

Alguém aí pode me dar uma solução?(que não seja me filiar a um partido e me candidatar, não tenho carisma, amizades e falta de vergonha suficiente para me manter em um cargo político)

quinta-feira, 24 de março de 2011

A long time ago, in a galaxy far far away....

Olá terráqueos!

O ano passado acabou (wtf? ja estamos em março, seu retardado!) e, com ele, meu emprego antigo, onde eu tinha tempo de postar bastante aqui.

Agora sou um estudante de direito e, só pra atualizar aqui, vou postar um texto meia boca que fiz pra aula de hoje. Até o assunto eu já tinha mais ou menos tratado por aqui. Mas não exijam muito de mim, afinal de contas com esse post estou reanimando meu quase morto brogue.

Até a próxima, prometo tentar postar pelo menos uma vez por semana.

Segue o texto:




Questão: Discuta a relação entre as novas tecnologias e o acesso à leitura.
Novas Leituras.
            O frenesi tecnológico é evidente na maior parte das atividades humanas. Até o simples ato de fazer uma leitura envolve aparatos tecnológicos inimagináveis algum tempo atrás. As facilidades vêm na forma de e-books, leitores de livros portáteis, acesso à internet móvel e de computadores, agora não mais máquinas pesadas em uma escrivaninha, mas sim equipamentos leves e de fácil mobilidade. Bom seria se só existissem facilidades, mas, infelizmente, estas podem gerar vícios graves e fazer o oposto de seu propósito de facilitar.
            Nunca a sociedade humana teve tanto acesso à jornais, revistas, blogs e informação de maneira geral.  O ato de sentar à sua mesa, esticar as pernas e ler um jornal grande e desengonçado está em risco de extinção. As mídias eletrônicas oferecem mobilidade e comodidade, além de serem, muitas vezes, gratuitas. Teoricamente,  tanta informação gratuita à disposição da população em geral deveria fazer com que as pessoas lessem mais e com mais qualidade.
            Ocorre que um jornal, nos velhos moldes, é um objeto que possui um único propósito: trazer informações e notícias ao leitor. Um computador é muito mais versátil em termos de utilidades, um celular com acesso à internet também. Até os leitores de livros eletrônicos, como o kindle, possuem funcionalidades agregadas ao aparelho que nada tem a ver com o ato de ler.  Tais produtos oferecem acesso à vídeos, jogos, acesso à redes sociais e inúmeros itens funcionais mais atraentes ao público geral do que o simples ato de ler.
            Não que precisemos voltar aos periódicos em papel malcheiroso, isto seria um grande retrocesso. Impressões usam tintas tóxicas que agridem o ambiente, além de usar papel, que geralmente não é reciclado pelo comprador (caberia mais uma discussão sobre reciclagem por aqui). O que é preciso é uma conscientização da necessidade de informação. A televisão, os jogos online e afins roubam dos jovens desde cedo o prazer pela leitura. Seja de livros de papel ou virtuais.
            Enfim, novas tecnologias sempre foram e continuarão sendo boas ou más, à medida que o usuário souber utilizá-las. Paulo Coelho, um premiadíssimo escritor brasileiro, disponibiliza suas obras na íntegra gratuitamente na internet. Basta comparar o número de download de seus livros em um ano com o número de acessos ao Orkut em uma hora para vermos onde está o problema.